Como a imaginação das crianças pode mudar o mundo

O inventor, ambientalista e educador Cesar Harada nos mostra nesse TED que criar uma bolha ao redor de nossas crianças, para protegê-las de um mundo tão cheio de problemas e contradições, pode não ser a opção mais interessante para o futuro do planeta. A busca por soluções inovadoras precisam do olhar fresco dessa nova geração hiperconectada e ainda pouco influenciada pelo sistema de ensino que mata a criatividade, como Ken Robins já havia nos dito em seu próprio TED.

Harada propõe problemas cada vez mais complexos para seus alunos e todas as ideias são levadas em consideração. Diferentes áreas do conhecimento se misturam e são costuradas com metodologia de projeto, oficinas práticas de prototipagem, teste de campo, e o que é mais importante, a possibilidade de aplicação prática real e transformadora. Os problemas escalam do local ao global, e mesmo quando vai a campo o professor mantém estreito contato com seus alunos, informando, pedindo opiniões, alimentando o diálogo e a criatividade.

Ken Robins nos mostra que as crianças não tem medo de errar. Diante dos desafios, elas se arriscam, mesmo sem ter certeza do que estão fazendo. O sistema educacional corrente e o mundo do trabalho (que na prática são faces da mesma moeda), demonizam o erro e assim alimentam uma crescente insegurança, que leva na maioria dos casos a uma busca por alguma forma de compensação, de equilíbrio (consumo, prazeres, vícios, individualismo, medicalização). Só na minoria dos casos o resultado é excelência e inovação. Imaginem se essa proporção fosse invertida? É isso que Cesar Harada está fazendo.

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Hoje buscamos um pensamento fora da caixa. Empresas, coletivos, partidos políticos, todos tentando se reinventar a partir das novas tecnologias e dos novos desafios. Para nós adultos, que fomos criados nessa lógica tradicional, as paredes dessa caixa estão bem estruturadas e é difícil sair da falsa segurança do espaço confinado. Mas as crianças não sabem nada sobre isso. Para elas não existem caixas, paredes ou qualquer tipo de confinamento. É isso que as crianças têm a nos ensinar e por isso que na relação entre educadores e educandos ambas as partes são mestres e aprendizes.

Mauricio Zanolini

 

 

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