E agora? Quem poderá nos defender?

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A resposta é direta e reta – nós mesmos! Só nossa atuação consciente e persistente pode transformar a sociedade. Se quisermos um outro país, temos que construí-lo com nosso tempo, nosso suor, nossos sonhos. Mas antes precisamos saber que país queremos, e para isso precisamos primeiro admitir que não sabemos tudo (nem nossa própria história, nem os pormenores dos modelos possíveis), e em seguida precisamos procurar saber o que não sabemos. Existem diversas possibilidades e todas têm suas nuances, mas não devemos nos contentar com a explicação fácil e a resposta pronta. Além disso, a melhor forma de resistência e combate é adquirir conhecimento, senão ficaremos apenas na reatividade, no espasmo.

Por isso, esse texto é sobre pessoas que estão trabalhando pra esclarecer, que estão propondo ações concretas e que fazem críticas construtivas (e não destrutivas, que apenas demonizam o outro e tudo que o outro representa e por isso propõe a eliminação do outro como “solução”). Mesmo que busquemos inspiração naqueles que viveram e vivem vidas significativas como Rosa Parks e Martin Luther King ou Mahatma Gandhi e Malala Yousofzai, precisamos de experiências e exemplos concretos, em nosso contexto específico, aqui e agora. Essa é a minha lista de pessoas que me inspiram e que não desistem nunca:

Sabrina Fernandes – Economista, com mestrado em Política Econômica e mestrado em Sociologia, ela é uma das vozes mais ativas nas redes sociais sobre temas como ativismo, marxismo humanista e ecossocialismo. Crítica da esquerda brasileira, ela é bastante didática e sempre sugere outras fontes, leituras, pessoas. Tem um livro saindo (se tudo der certo) ainda este ano. Vale muito assistir aos videos dela no canal Tese Onze, além de segui-la no Instaram (os stories dela são muito bons), e no twitter. As participações dela em alguns podcasts são essenciais para aprofundar o debate sobre ideologias, utopias e ação política.

Captura de Tela 2018-10-30 às 12.37.02.pngLeandro Uchoas – jornalista, ativista, autor do livro Seja a mudança – o Brasil visto e debatido a partir do legado de Gandhi, que propõe ações baseadas nas ideias e métodos do líder indiano para, aproximando política e espiritualidade, reduzir a desigualdade e a opressão, tocando em temas como meio ambiente, educação, economia, ativismo social, entre outros. Em março desse ano, ele já estava nas ruas propondo diálogos afetivos sobre política (ação essa que foi amplamente replicada na reta final das eleições). Nas palavras dele: “Eu e a Julia estamos trocando um bolo por uma conversa sobre política. Nossa proposta é estimular o debate sobre política de forma respeitosa, não violenta. A função do bolo é atrair até aqueles que não estão muito dispostos a dialogar. A praça é o mundo!”

Tabata Amaral – saiu da periferia de São Paulo e se formou em Ciência Política e Astrofísica em Harvard. Acabou de ser eleita Deputada Federal (PDT) por São Paulo (com apenas 24 anos). Ela é uma das fundadoras do Mapa Educação – iniciativa que pressiona o poder público e produz pesquisas e análises sobre educação no Brasil, além do Movimento Acredito que pretende em 10 anos mudar a cara da política no país. Na entrevista abaixo, depois de eleita, ela faz uma avaliação (extremamente sensata) sobre os próximos passos dela como parlamentar:

Siga a Tabata no facebook e no Instagram.

Jorge Caldeira – historiador, jornalista e cientista político, tem dedicado a vida a revisitar a história do Brasil para derrubar mitos a partir da antropologia e da econometria (a análise quantitativa da vida econômica). Segundo ele, “É preciso mudar a interpretação da história do Brasil porque a base de dados disponíveis mudou”. Seu último livro – A História da Riqueza no Brasil, mostra outros significados para nossa herança cultural (na maior parte mais positivos), como a nossa forte tradição empreendedora e democrática, desde das tempos de colônia.

Universidade Livre Pampédia – nos últimos 3 anos temos produzido conteúdos que falam sobre tradições espirituais, história da educação, filosofia, interdisciplinaridade, psicologia, política, comentários sobre livros, etc. Nosso objetivo é dar subsídios para uma compreensão ampliada dos tempos em que vivemos, revisitando a história do pensamento humano, especialmente a partir do olhar da educação.

Temos até um pacote de assinatura para os cursos:

rdmc

Diante do cenário atual, cabe a nós, educadores, ativistas, políticos, historiadores e cidadãos, mergulharmos fundo na busca do conhecimento sério e na ação engajada para juntos decidirmos o que queremos para o nosso futuro e como chegaremos nele. Estas aqui citadas são algumas das fontes que me inspiram, me ajudam a ampliar o olhar sobre a realidade. Mas cabe aqui um alerta – não devemos nunca apenas aceitar o que essas fontes nos dizem! Todas são passíveis de críticas. O conhecimento é algo que está sempre em construção, assim como a democracia, a atuação política e a resistência à opressão. Mergulhemos!

3 respostas para ‘E agora? Quem poderá nos defender?

  1. Agradeço imensamente por esta abordagem pós eleição, pois ainda estou de luto e sem perspectivas de como continuar a militância política. Não aguento mais esta guerra das pessoas na internet sem nenhum fundamento.
    Porém, ao ver todos defensores da democracia mostrados aqui, comprometidos com a verdade e dialogando de forma didática, me deu motivação para continuar sendo oposição de forma pacífica.

    Curtido por 1 pessoa

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